Dan Wasyluk descobriu da forma mais difícil que as negociações de criptomoedas como bitcoins ocorrem em um ambiente online similar ao Velho Oeste, com os xerifes em grande parte ausentes.
Wasyluk e seus colegas levantaram bitcoins para uma nova empresa de tecnologia e hospedaram-nos como garantia em uma administradora de bolsa de moedas virtuais chamada Moolah. Poucos meses depois, o bolsa quebrou e o homem responsável está aguardando julgamento no Reino Unido, sob acusações de fraude e lavagem de dinheiro. Ele se declarou inocente.
O projeto de Wasyluk perdeu 750 bitcoins, que atualmente valem cerca de 3 milhões de dólares, e ele acredita que tem poucas chances de recuperar dinheiro.
"Realmente o projeto foi um tiro no pé", disse Wasyluk sobre o colapso de três anos atrás. "Se você está começando uma bolsa e você perde o dinheiro dos clientes, você ou sua empresa devem ser 100 por cento responsáveis por essa perda."
As criptomoedas deveriam oferecer uma maneira segura e digital de realizar transações financeiras, mas elas tem sido assombradas por incertezas. As preocupações têm se concentrado principalmente em seus ganhos astronômicos em valor e a probabilidade de quedas dolorosas. Igualmente perigosas, porém, são as bolsas onde as moedas virtuais são compradas, vendidas e armazenadas. Esses ambientes se tornaram ímãs para fraudes e falhas tecnológica, mostra uma análise da Reuters, representando um risco subestimado para quem negocia moedas digitais.
Estão em jogo grandes quantias. À medida que os preços das moedas virtuais subiram em 2017 - a bitcoin quadruplicou - legiões de investidores e especuladores se voltaram para as negociações online. Bilhões de dólares em bitcoins e outras crioptomoedas - que não são respaldadas por governos ou bancos centrais - são negociadas diariamente.
Reguladores e governos ainda estão debatendo formas de lidar com as novas moedas, e David L. Yermack, presidente do departamento de finanças da Stern School of Business da Universidade de Nova York, diz que o Congresso dos Estados Unidos terá que agir.
"Estes são novos ativos. Ninguém sabe realmente o que fazer com eles", disse Yermack. "Se você é um consumidor, não há nada para protegê-lo."
Algumas das bolsas independentes padecem de segurança fraca e da ausência de proteções aos investidores comuns em mercados financeiros mais regulamentados, descobriu a Reuters. Algumas bolsas chinesas inflaram falsamente o volume de negócios para atrair novos clientes, de acordo com ex-funcionários.
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